I N T E R N E T
O atlas do ciberespaço

A cibergeografia é o estudo da natureza espacial das redes de transmissão de dados, particularmente da Internet, da World Wide Web e de outros "lugares" que só existem atrás dos monitores de computador. A nova disciplina foi criada pelo geógrafo Martin Dodge, do University College London. Ele e outros pesquisadores britânicos e americanos construíram dezenas de belíssimos e intrincados gráficos representando, entre outras coisas, o tráfego de dados na Internet, o total de redes a ela ligadas ou a participação de cada nacionalidade dentro do ciberespaço. É essa última informação que está representada na imagem acima. Cada cor simboliza as redes de um país conectadas à Internet. A maior das teias, a azul, é dos EUA, país com maior fatia da rede. Porque o Brasil ainda não está no clube dos dez maiores da rede, fomos incluídos no verde-escuro, de outros.

 T E C N O L O G I A
Entrou pelo cano

O bichinho metálico abaixo é um robô diminuto construído para percorrer o interior de tubulações em fábricas. Com apenas 6,5 milímetros de altura e nove de largura, ele passa com folga dentro de qualquer cano de meia polegada (12,7 milímetros). Foi criado pelas empresas japonesas Mitsubishi, Sumitomo e Matsushita para acelerar e automatizar a inspeção de dutos à procura de fissuras, em centrais elétricas e nucleares. O microrrobô pesa 0,42 grama, mas pode empurrar essa moeda de um grama, mais que o dobro do seu peso.

 E S P A Ç O
Enxame marciano

Imagine centenas de minúsculos helicópteros robôs voando pela atmosfera de Marte como mostra a ilustração. Sua missão será procurar indícios de vida e explorar a superfície de modo muito mais barato e eficiente do que rovers, como o que a missão Pathfinder plantou no planeta em julho de 1997. Esse é o sonho do engenheiro Ilan Kroo, da Universidade Stanford. Ele construiu um protótipo movido por um motor de cinco milímetros de comprimento e apenas 0,3 grama, as dimensões de um grão de arroz, e o fez sobrevoar sua bancada de trabalho. Agora, Kroo recebeu um financiamento de US$ 70 mil da Nasa para provar a viabilidade do protótipo em vôos de maior extensão e duração. Eventualmente, enxames desses microcópteros alçarão vôo para realizar tarefas de espionagem, como em campos de batalha.

 

Por Peter Moon