Chegou ao fim a boa vida do ex-cirurgião plástico Hosmany Ramos em um presídio da Islândia – “hotel quatro-estrelas, do qual jamais quero sair”. A Justiça daquele país determinou a sua extradição para o Brasil. Hosmany cumpre pena aqui por homicídio, furto de joias e de carros, roubo de um avião e tráfi co: foi condenado a 57 anos de prisão em 1980. Nos últimos tempos, estava em regime semiaberto numa penitenciária do interior paulista e, assim, teve o direito de passar o Natal de 2008 com seus familiares. Tinha de retornar à cadeia no começo de janeiro. Preferiu fugir. Ele é um dos presidiários mais famosos do Brasil. Por dois motivos: é escritor de sucesso, traduzido em outros países, e nos anos 1970 chegou a ser definido por Ivo Pitanguy como o seu grande sucessor na medicina.