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Não são só os seres humanos. De tanto comer bobagens entre uma refeição e outra, bichos de diversos zoológicos no mundo estão gordos e preguiçosos e precisam de dieta e exercícios. A luz vermelha acendeu depois que os animais começaram a trocar suas rações por doces e salgados dados por visitantes. Para evitar problemas de saúde, como doenças cardíacas, veterinários recorreram à ajuda de nutricionistas para elaborar cardápios, além de impedir as escapadas calóricas dos animais. Agora, girafas estão comendo biscoitinho de alfafa, gorilas têm de se contentar com barrinhas de granola e os ursos passaram a saborear gelatina sem açúcar.

"O regime será severo. Nada de quatro porções de mingau por dia nem de croissants. Ele vai ter de malhar", disse o tratador Thomas Doerflein, do Zoológico de Berlim, na Alemanha, que cuida do urso mais famoso do mundo, o Knut. Em apenas sete meses, Knut deixou de ser uma fofinha bola de pêlos de 800 gramas para agigantar-se em robustos 60 quilos. Veterinários o examinaram e constataram que seu peso poderá causar de lesões físicas a problemas cardíacos. "Eles são verdadeiros comilões, gostam dos alimentos com alto teor de açúcar e gorduras, e aqui não se movem tanto quanto deveriam", diz Jennifer Watts, nutricionista do Brookfield Zoo, em Chicago, nos EUA. A dificuldade em domar os animais e fazê-los passar para uma dieta rica em nutrientes e pobre em calorias exigiu truques para manter leões, tigres, ursos e macacos saudáveis e contentes.

A solução foi desenvolver um programa à semelhança do dos Vigilantes do Peso, adaptado aos animais. Cada alimento recebe um número de pontos e cada bicho pode ingerir uma quantidade de pontos semanais. Além disso, eles foram estimulados a se exercitar. Os primeiros a entrar no novo esquema foram gorilas e ursos. Eles adoram melaço de cana, então, os tratadores passaram a espalhar o melaço por diferentes pontos de seus abrigos no zoológico para manter os animais em movimento. Segundo a nutricionista Jennifer Watts, uma xícara de melaço equivale a um ponto adicional.

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No zoológico de Indianápolis, os ursos polares estão sendo estimulados a correr de um lado para outro atrás de copinhos de gelatinas coloridas e sem açúcar. No Japão, o problema não está restrito aos zoológicos onde há vários macacos obesos. No parque aquático Kinosaki Marine World, 19 golfinhos ganharam peso, ficaram preguiçosos e passaram a errar o alvo dos obstáculos na hora do show de performances. "Eles não conseguem sequer manter a posição vertical sobre a água. Perderam a boa forma e entraram numa rigorosa dieta de contenção de calorias", informou Haruo Imazu, porta-voz do parque. Vida de bicho não é mole.

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