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Em meio a uma iminente ofensiva militar dos Estados Unidos à Síria de Bashar al-Assad, líderes europeus defenderam nesta quinta-feira uma solução de consenso para o fim da guerra civil do país. Dentre as principais potências europeias, apenas a França se posicionou favorável a um ataque ao país – o governo britânico também apoia, mas o apoio militar do país ao confronto foi vetado pelo Parlamento local.

“Eu sei que a Síria está na mente de todos. Precisamos de um consenso para buscar uma solução política e por um fim no conflito”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. A comunidade internacional elevou o tom após um ataque com arma química ter levado à morte de centenas de pessoas – o número é incerto e varia segundo cada governo.

De maneira mais assertiva, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou que o que houve na Síria foi uma “violação ao direito internacional”. Apesar de ter dito que não o caso não deve ficar impune, ele afirmou que “não há solução militar nesse conflito, apenas solução política”.

As declarações ocorrem à margem da cúpula de líderes do G20, grupo que reúne as 19 principais economias do planeta mais a União Europeia. Na tarde desta quinta-feira, chefes de Estado e de governo desses países farão sua primeira reunião de trabalho. Estarão presentes Barack Obama (EUA) e François Hollande (França), declaradamente favoráveis à intervenção militar, o anfitrião Vladimir Putin (Rússia), uma das principais vozes contrárias ao ataque e líderes de países que defendem uma solução intermediada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, como Dilma Rousseff (Brasil).