A R Q U E O L O G I A
10 mil múmias!

Até parece uma jogada de marketing dos estúdios de Hollywood, mas não é. No momento em que os públicos americano e brasileiro se divertem com A múmia, refilmagem de um clássico do terror dos anos 30, arqueólogos egípcios anunciam ter achado pelo menos 200 delas em quatro tumbas na cidade de Bawiti, 300 quilômetros a sudoeste do Cairo. As múmias são do período de dominação greco-romana, há dois mil anos. "É apenas uma pequena parte do que esperamos encontrar. As tumbas podem conter até dez mil múmias", diz o egiptólogo Zahi Hawass. Sob um invólucro de porcelana, os corpos estão envoltos em bandagens e preservam utensílios de cobre e ouro. A necrópole foi descoberta em 1993, quando um burro caiu numa de suas entradas. Caso a expectativa de Hawass se confirme, o achado pode vir a ser comparado ao túmulo do primeiro imperador da China, enterrado em 207 a.C. com um exército de dez mil soldados de terracota em tamanho natural.

 

T E C N O L O G I A
De olho na grana

Para mostrar a eficiência do sistema de reconhecimento de íris instalado em seus caixas automáticos, o banco texano Bank United chamou dois gêmeos idênticos: Richard Swartz e seu irmão Michael, cujo olho foi escaneado. No lugar de uma senha, para liberar o acesso à conta corrente, o sistema lê 266 sinais na íris, única para cada ser humano. Segundo a Sensar, que criou o programa, a identificação pela íris é muito mais eficiente que a da impressão digital, da qual só se extraem 35 características. O United é o primeiro banco dos EUA a oferecer o sistema a seus clientes em três agências de Houston. A Sensar têm projetos-piloto similares em nove países e mostrou seu protótipo semana passada numa feira de automação bancária promovida pela Febraban, em São Paulo.

Auxílio aos cegos

A deficiente visual americana Regina Genwright demonstra acima o funcionamento de uma copiadora ativada por comando de voz. A máquina, feita pela empresa Pitney Bowes, inclui um teclado em Braille e um assento-cadeira de rodas. O protótipo, apresentado na Fundação Americana para o Cego, em Nova York, é um bom exemplo das aplicações da tecnologia de reconhecimento de voz, já presente no Brasil no comando de uma marca de telefones celulares.

 

Por Peter Moon