Lucinha Araújo deu o aval. Disse que foi a melhor homenagem ao seu filho. Generosa, a Lucinha. O espetáculo assinado por Rodrigo Pitta tem um erro básico de concepção. Ao querer retratar Cazuza em vários Cazuzas, perdeu-se o cerne da sua personalidade explosiva. Da sensibilidade, também pouco se vê, do humor, então, não há nada. Pitta fez um espetáculo amargo, sem as ironias e capetices tão típicas daquele que se inscreveu como o maior poeta do rock nacional. Claro que é louvável sua atitude em montar um musical numa terra sem esta tradição. E Cazas (com Z mesmo) de Cazuza salva-se justamente pelo elenco, que canta bem e mostra prazer em cena, com destaque para Lulo Scroback (Deco), a melhor voz. O problema é que, em vez de tirar maleabilidade do corpo malhado, Scroback acaba se movimentando como um robô ao som de uma banda que, muitas vezes, parece es-tar num show só dela. (A.R.)
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