O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou a postura de cerca de 50 médicos de Fortaleza que, na noite de segunda-feira, 27, fizeram um corredor polonês para vaiar 79 médicos cubanos do programa Mais Médicos, do governo federal, que saíam de um curso na Escola de Saúde Pública do Ceará. "Foram atitudes truculentas, incitaram o preconceito e a xenofobia", disse Padilha, que hoje visitou o líder do PR no Senado, Antonio Carlos Rodrigues (SP), para pedir apoio à medida provisória do Mais Médicos.

"Eles (os médicos de Fortaleza) participaram de um verdadeiro corredor polonês da xenofobia, atacando médicos que vieram de outros países para atender a população apenas naqueles municípios onde nenhum profissional quis fazer atendimento", disse Padilha. Ele afirmou que o governo vai insistir no programa, tirando dele qualquer conotação ideológica e partidária.

Na manifestação em Fortaleza, os médicos locais gritaram "escravos” para os estrangeiros.