Capa

Concordo plenamente com a ex-freira Anna França. No dia em que nossa ultrapassada Igreja descobrir que o gozo é divino, vai cair em si. Parabéns aos autores da matéria e a toda equipe de ISTOÉ. Esta semana a revista realmente deu mais um importante salto à frente. “Sexo na Igreja” (ISTOÉ 1611).
Isaac Werner
Belo Horizonte – MG

Muito boa a iniciativa da ISTOÉ em abordar um tema que desafia os ditames da razão humana, bem como adultera as Escrituras Sagradas. O celibato não tem respaldo no Livro de Deus. Deus celebrou o primeiro casamento. Assim, esta instituição tem como seu originador o criador do universo. A proibição do casamento – o celibato – já fora definida no Livro de Deus como “doutrina de demônio” (Primeira Carta de Timóteo, capítulo 4, versículo 1). Tal estratégia, em vez de santificar, corrompe, pois quando a origem não é divina a corrupção e a depravação tornam a ascender. Ao contrário, quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos no casamento, este é uma bênção; preserva a pureza e a felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral.
Saulo Henrique S. Caldas
Aracaju – SE

Se não somos assexuados nem perfeitos, se a Igreja é santa e pecadora, por que o tom sensacionalista da matéria desta semana? A Igreja de Anna, Queiroz, Ibiapino e tantos outros, é também a Igreja de Madre Teresa de Calcutá, Maximiliano Kolbe, Tomás de Aquino e tantos outros. Isto não é contradição e não existe para chocar, é simplesmente reflexo da realidade em que vivemos e da sociedade à qual pertencemos, porque o reino de Deus não é deste mundo.
Maria Josina Cunha Campos
Brasília – DF

Até que enfim alguém teve coragem de peitar a Igreja Católica. Quando tinha uns 13 anos, me engajei num grupo jovem da Igreja e achava que tudo era lindo e maravilhoso, que a Igreja era perfeita e os padres… uns santos! Qual não foi minha surpresa ao descobrir a falsidade por trás daquelas batinas bem passadas! Tudo foi por terra. Tudo o que eu acreditava ser verdade, descobri que era mentira. Passei a sentir muita raiva da Igreja, de padres e paroquianos medíocres que se escondem atrás das pregações evangélicas para obter perdão. Eu acredito em Deus, mas não na Igreja Católica.
Edimara P. I. Fagundes
Campo Grande – MS

Muito séria, triste e chocante, até terrível, a realidade que o Vaticano tenta encobrir. Cabe ressaltar que muitos padres e freiras não participam desta situação denunciada. Conheço vários deles que são sinceros na opção celibatária. Outros se escondem nas noites do desespero, esperando autorização para que se cumpra o que está escrito na Bíblia (I Timóteo 3, 4 e 5 e Mateus 19:11-12) sobre estas questões. Ou serão meros decretos, bulas ou encíclicas papais superiores às palavras de Deus? Poderia o papa se considerar acima das palavras reveladas ao próprio Jesus e ao Espírito Santo?
Luiz Edgard Bueno
Londrina – PR

A atitude de muitos padres e religiosas, que não concordam com o celibato e simplesmente começam a agir por conta de seus próprios desejos, reflete nada mais do que a banalização do caráter, fato que vem atingindo toda a humanidade. Antes de serem ordenados, eles sabiam quais seriam as exigências. O ser humano não é uma máquina, nossas emoções não obedecem simplesmente à vontade. Estas pessoas deveriam solicitar o afastamento de suas atividades sacerdotais e, aí sim, constituir família.
Anderson Kuntz Grzesiuk
Cuiabá – MT

Padres e freiras são gente como a gente. A matéria despertou minha compaixão e uma certa pena. Os mesmos sentimentos que jornalistas mentirosos, médicos drogados, policiais corruptos despertam em todos nós. Como não tenho a solução, incluo-os nas minhas orações.
Adriana M. da Cunha Costa
Washington – EUA

Como é possível ISTOÉ editar assim uma matéria de tão baixo nível? Por favor, respeitem os leitores e as instituições religiosas!
Fabio Rolfo
São Paulo – SP

 

Continuação

Abaixo a hipocrisia e a ignorância, pois isto é que corrói a Igreja nos dias de hoje. É por existir uma revista como ISTOÉ que eu ainda acredito que o mundo tem solução.
Paulo Eduardo Cechinel
Nova York – EUA

Como o próprio relato histórico definiu o celibato, poderá definir a extinção do mesmo. Só não sabemos quando, quem sabe no próximo papado. Aliás, a Igreja tem de rever estes e outros pontos.
Isaac Soares de Lima
Maceió – AL

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Operação Colômbia

Arrebentaram de novo! Parabéns à equipe da ISTOÉ. Afastado que estou das coisas do Brasil, muito me orgulha a posição independente e jornalística da revista. Foram os únicos em quase toda a imprensa mundial (não falei só em brasileira, por que iria ficar sem graça) a abordar o verdadeiro tamanho da Operação Colômbia. Aqui nos EUA e em especial na Flórida isto é a ordem do dia. A imigração e os conflitos latino-americanos deixam muita gente confusa para que lado realmente vamos. “Usa e abusa” (ISTOÉ 1611).
Paulo Tedesco Pinto
Fort Lauderdale – EUA

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Espionagem
O artigo “Nova batalha” (ISTOÉ 1610) contém imprecisões. Em primeiro lugar, o texto alude à suposta carta de 1995 na qual o presidente Bill Clinton recomendaria ao presidente Fernando Henrique Cardoso a contratação de empresa específica para o Projeto Sivam. Ora, não apenas o presidente Fernando Henrique Cardoso jamais foi destinatário de correspondência desse teor, como também seria inexplicável que o presidente americano se dirigisse ao mandatário brasileiro para tratar de assunto que, como é bem documentado, já estava decidido em 1994. Se consultados os arquivos, de sua redação ou qualquer outra fonte, será possível encontrar uma nota à imprensa de 10 de agosto de 1993 expondo a deliberação do Conselho de Defesa Nacional no sentido de dispensar de licitação a compra de matérias sensíveis do Projeto Sivam, nos termos do artigo 24, inciso IX, da Lei 8.666. Mais ainda, poder-se-á localizar referência às Resoluções do Senado Federal (RSF), de números 000091/93/95/96 e 97, todas de 27 de dezembro de 1994, autorizando as operações de crédito para financiamento parcial do projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia. A concepção, a autorização legal e a execução financeira do Projeto Sivam são todas providências que foram tomadas anteriormente à posse do presidente Fernando Henrique Cardoso. A suspeita de “favorecimento” lançada pelo autor da matéria padece do defeito elementar de não estar amparada nos fatos.
Georges Lamazière
Porta-voz da Presidência da República

Brasília – DF

ISTOÉ responde: O ex-ministro da Aeronáutica no primeiro mandato de FHC, brigadeiro Mauro Gandra, ouvido por ISTOÉ, confirma que “o presidente Clinton enviou uma carta ao Palácio do Planalto referindo-se à Raytheon”. Ainda segundo Gandra, ao contrário do que afirma o porta-voz da Presidência, “o contrato com a Raytheon para fornecer equipamentos do Sivam foi assinado no governo FHC”. Já o brigadeiro Álvaro Dutra, ex-subchefe do Estado-Maior das Forças Armadas, uma das fontes entrevistadas por ISTOÉ, disse também que “teve conhecimento da existência da carta de Clinton, o que, infelizmente, influi sim neste governo”. O oficial, que defende uma investigação sobre o caso pelo Ministério Público Federal, reitera três denúncias: 1- além dos interesses do governo americano na escolha da Raytheon, houve, também, interesses da alta administração brasileira na escolha indevida da empresa americana para o Projeto Sivam; 2- a falta de transparência no projeto ficou evidenciada quando, depois que ISTOÉ questionou a escolha da Esca para fazer o gerenciamento do projeto, a empresa acabou sendo afastada, comprovando-se, então, denúncia de que ela devia ao INSS e não era idônea; 3- a alegação de que não devia haver concorrência para a escolha da empresa mostrou-se insustentável, pois não havia nenhum segredo de Estado em jogo capaz de ameaçar a segurança do País. O que ameaçou a segurança e a soberania do País foi a promiscuidade como o Palácio do Planalto tratou do Sivam”.

Na reportagem “Nova batalha”, meu nome é citado de forma absolutamente irresponsável! Baseado em “informações” que lhe teriam sido passadas por “um representante estrangeiro que participou das negociações”, o autor do texto reproduz uma velha intriga já totalmente desmoralizada, inclusive pelo próprio presidente Figueiredo em entrevista ao Jornal do Brasil. Acrescenta ainda alguns comentários que demonstram um total desconhecimento dos fatos que pretende transmitir aos leitores. Confunde nomes, datas, pessoas e circunstâncias. O texto diz, por exemplo, que o “oficial intendente” da Aeronáutica Breno Cunha era adido à Embaixada do Brasil em Paris, na época em que eu era embaixador. Não é verdade. Era outro o adido. Acresce que oficiais intendentes não são designados para aquela função. É, portanto, uma invenção e uma deslavada mentira dizer que “sobre o embaixador chegaram a recair suspeitas de estar se beneficiando de comissões de fabricantes franceses” em negociações pretensamente atribuídas ao coronel Breno Cunha para a compra dos equipamentos para os sistemas de defesa do espaço aéreo e de proteção ao vôo no Brasil.
Antonio Delfim Netto
Deputado federal (PPB/SP)
São Paulo – SP