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O regime sírio afirmou nesta terça-feira que uma eventual intervenção militar internacional no país não interromperá a guerra contra os rebeldes e que o regime de Bashar al-Assad se defenderá com meios que "surpreenderão o mundo".

"Se acreditam que assim poderão impedir a vitória de nossas Forças Armadas, se enganam", afirmou o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid al-Mualem, em entrevista coletiva em Damasco. "O esforço militar (do governo) não vai ser interrompido ao redor de Damasco. Se o propósito é limitar as vitórias de nossas Forças Armadas, eles não serão bem-sucedidos".

O ministro também afirmou que a Síria se defenderá em caso de ataque militar ocidental. "Temos duas opções: rendição ou defesa com os meios que temos. A segunda alternativa é a melhor: nos defenderemos", declarou o chanceler. Ele acrescentou ainda que "atacar a Síria não é um assunto fácil". "Dispomos de meios defensivos que surpreenderão os demais", disse.

Mualem também desafiou a comunidade internacional a apresentar "qualquer prova" que comprove o uso de armas químicas por parte do Exército. "Escutamos os tambores da guerra ao redor de nós. Se querem executar um ataque contra a Síria, penso que o pretexto das armas químicas é falso e infundado. Eu os desafio a mostrar as provas", disse.

O ministro disse ainda que um eventual ataque militar ocidental a seu país beneficiaria os interesses de Israel e da Al-Qaeda. "O esforço de guerra realizado pelos Estados Unidos e seus aliados beneficiará os interesses de Israel e em segundo lugar da Frente Al-Nosra", grupo armado que combate ao lado dos rebeldes sírios e que jurou fidelidade à Al-Qaeda.