Assista ao trailer de “De Volta a Teahupoo”:

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Unir o universo radical – leia mountain bike, surfe, escalada ou qualquer atividade que desafie os limites do corpo humano e provoque adrenalina – ao prazer de ir ao cinema na praia, mais precisamente nas areias de Copacabana, é a proposta da terceira edição do Rock Spirit, o maior festival de filmes de aventura ao ar livre do País. A edição carioca, inédita, será realizada entre 31 de agosto e 1º de setembro – em São Paulo, o evento acontecerá no Parque do Ibirapuera, nos dias 24 e 25 de agosto. “O Rocky Spirit traz os melhores filmes de aventura feitos no mundo. O público vai se sentir dentro do mar, em cima da montanha, no ar, ficará inspirado a explorar mais e melhor o mundo ao seu redor e os próprios limites”, afirma Andrea Estevam, curadora do evento que tem início às 18h, com o show de uma banda, para depois dar sequência a três sessões de cinema no sábado e duas no domingo. “O festival já está superconsolidado em terras paulistas. Agora vamos para as areias cariocas e tenho certeza de que o Rio também vai se identificar e se inspirar muito.”

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PIPOCA
Público assiste, em São Paulo, a filme durante
segunda edição do Rocky Spirit: diversão a céu aberto

Os espectadores terão a chance de conferir dezenas de produções internacionais e seis filmes nacionais exibidos no gigantesco telão de 150 metros quadrados e alta definição. Uma das atrações mais aguardadas é a estreia do documentário “De volta a Teahupoo”, que narra a viagem da surfista brasileira Maya Gabeira para a mítica praia de Teahupoo, no Taiti, dois anos depois de ela quase morrer ao tentar surfar uma das ondas mais mortais do mundo. “Foi superemocionante voltar ao Taiti e poder surfar as ondas grandes novamente. Fico feliz em ter superado as minha dificuldades e compartilhar as minhas emoções com o público e os fãs do esporte”, diz Maya, adiantando ainda que o filme, de 24 minutos dirigido por Wiland Pinsdorf, traz as imagens fatídicas de 2011, cenas de treinamentos no México e no Havaí, além da viagem de quatro dias de retorno a Teahupoo. Outra boa pedida nacional é o curta “Entrelinhas”, que mostra como um grupo de amigos de Niterói, no Rio de Janeiro, tem ajudado a consolidar o Brasil como um dos grandes polos de slackline (prática onde a pessoa anda e faz manobras por cima de uma fita elástica esticada entre dois pontos fixos) do mundo.

Entre as produções internacionais, vale a pena conferir o curta-metragem americano intitulado “Uma Nova Perspectiva”, em que o diretor Corey Rich acompanha as viagens do alpinista austríaco David Lama, que ganhou fama ao conseguir escalar um boulder, espécie de paredão de pedra, de alto grau de dificuldade, com apenas 12 anos. São dez minutos de filme em que David Lama e seu parceiro, Peter Ortner, enfrentam desafios como a escalada do Cerro Torre, na Patagônia, e a cordilheira de Karakoram, no Paquistão. Muito bem cotado também está o alemão “Eu Quero”, dirigido por Joachim Hellinger e que traz a saga da cantora francesa Zaz e sua banda ao serem convidados para fazer um show no topo do Mont Blanc, nos Alpes Franceses, a 4.810 metros de altura. A parte mais divertida é a narrativa do transporte dos instrumentos musicais até o local do show.

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O Rocky Spirit é inspirado no Mountainfilm in Telluride, o mais importante festival de documentários ao ar livre, que surgiu em 1979, na pequena cidade de Telluride, nos Estados Unidos. A ideia de fazer um festival dedicado a filmes de montanha surgiu de dois escaladores que hoje fazem parte da história do esporte: o boliviano Lito Tejada-Flores, que na época havia acabado de lançar o clássico filme “Fitz Roy”, e o norte-americano Bill Kees. Até hoje o evento reúne anualmente, no mês de maio, diretores, produtores, esportistas e artistas de diversos países para ver o que de melhor tem sido produzido no cinema radical.

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