A alta do dólar provocou em 104 empresas com ações negociadas em Bolsa um aumento de custos equivalente a 44% do lucro efetivo obtido no segundo trimestre deste ano. O retrato da despesa financeira, com a corrosão causada pelo câmbio, é parte de levantamento feito pela consultoria Economática a pedido do jornal O Estado de S. Paulo. Entre 30 de junho e 19 de agosto – período em que o cálculo foi feito com base nos balanços divulgados -, o câmbio valorizou 8,23%.

Embora tenha havido um aumento potencial de R$ 8,17 bilhões na parcela da dívida em moeda estrangeira dessa listagem, a maioria das empresas consultadas afirma ter contratado proteção em mercados futuros (hedge) para neutralizar essa variação cambial.

A amostragem aponta que a dívida total em moeda estrangeira de 103 empresas da lista teria passado de R$ 99,3 bilhões, no fim de junho, para R$ 107,5 bilhões, em 19 de agosto.