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Representando cerca de 99% da aviação comercial brasileira, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) se reuniu com representantes do governo para pedir socorro em meio à disparada do dólar. Segundo o presidente da associação, que reúne TAM, Gol, Avianca e Azul, a situação do setor se complicou quando a divisa americana rompeu a barreira dos R$ 2,30.

"Se o dólar subir, não dá para descartar novos ajustes de tarifas", pontuou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Para ele, a tarifa média praticada pelo setor aumentou até 4% só nos últimos 35 dias. "O sinal vermelho veio com o dólar a R$ 2,30, que aconteceu há poucas semanas".
 
No conjunto de propostas apresentado ao governo estão a redução do preço do querosene de aviação – precificado em dólar e responsável por 41% do custo da atividade aérea – e a unificação da alíquota de ICMS incidente sobre o combustível em 6% (ante as taxas atuais que variam de 12% a 25%, dependendo do estado).
 
Também estão na lista de reivindicações das empresas a extensão da isenção das tarifas aeroportuárias e o apoio do Executivo a umaproposta que tramita no Congresso de incluir a desoneração de PIS/Cofins ao transporte coletivo à aviação comercial.
 
Segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, o governo dará uma resposta ao pedido de socorro em 10 dias. O ministro, no entanto, já adiantou que não acredita que as aéreas conseguirão reduzir o preço do combustível.
 
"Vejo como dificuldade o pedido relacionado ao preço do combustível", afirmou. Indagado se o governo poderia conversar com a Petrobras (também em crise por causa do preço do petróleo) a respeito, Moreira Franco não alimentou expectativas. "Acho difícil que se ande nessa área".