Baseado na peça homônima de Domingos Oliveira e Priscilla Rozenbaum, Amores não nega sua origem, principalmente nas primeiras cenas, quando a dupla diretora parece ter feito um teatro filmado. A opção não chega a ser um defeito, já que a força do filme está nos diálogos bem construídos e nas interpretações sensíveis. Oliveira e Priscilla também atuam. Ele faz o exagerado Vieira, pai zeloso com a independência da filha (Maria Mariana, sua filha na vida real). Ela é Telma, a amiga solidária. Ainda que derrape em alguns clichês, a obra traça um bom retrato dos relacionamentos complexos dos dias atuais. (C.F.)
VALE A PENA