09/08/2013 - 12:11
Quatro dias após o sumiço de Amarildo Dias de Souza, de 43 anos, o traficante Thiago da Silva Mendes Neris, o Catatau, de 24 anos, assumiu a autoria do assassinato do pedreiro em uma ligação telefônica para o celular de um policial da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, que trabalhava "infiltrado" na quadrilha com autorização judicial. A confissão foi gravada, uma vez que o celular do policial estava grampeado.
O diálogo ocorreu na noite de 18 de julho, um dia após a realização da Operação Paz Armada, resultado de uma investigação conjunta da 15.ª DP (Gávea) e da UPP Rocinha, que levou à prisão 33 acusados de envolvimento com o tráfico na favela. Catatau teve prisão temporária decretada pela Justiça, mas permanece foragido.
A reportagem não teve acesso à gravação. Mas, segundo o delegado, Catatau diz na conversa que "tombou (matou) o Boi (apelido que seria de Amarildo) para colocar a culpa na PM".