Foi a mais alvissareira notícia dos últimos tempos no Brasil e, certamente, terá reflexos diretos nos resultados das urnas de 2014. Acaba de sair o chamado Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios brasileiros (IDHM), uma variável do IDH que vem sendo usado habitualmente pela ONU para medir o grau de desenvolvimento das nações do planeta. Pelo IDHM, que avaliou o hiato de tempo compreendido entre os anos de 1991 e 2010, o desempenho do Brasil é estupendo! Poderia se dizer que o progresso registrado nessas paragens encontra poucos paralelos no mundo. Tanto no campo da longevidade de sua população como no do nível de renda e de educação, o País deu um salto exponencial nesses 20 anos da análise e apresentou claros sinais de melhoria da qualidade de vida. O brasileiro está vivendo mais e melhor, com queda da taxa de mortalidade, evolução dos indicadores de ensino e redução da desigualdade social. Em números esses avanços são consideráveis. Para se ter uma ideia, o percentual de municípios com o IDHM classificado como “muito baixo”, a pior categoria, despencou de 86%, em 1991, para 0,6% ao final de duas décadas. Há no período uma combinação estimulante de estabilidade econômica e controle da inflação, consagradas durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, com incremento dos gastos na área social, marca dos governos subsequentes de Lula. Assim, com uma paternidade difusa – incluindo também as demais legendas partidárias que deram suporte a essas administrações –, o País superou expectativas. Todas. Os reflexos políticos dessas melhorias serão (é óbvio!) da mesma maneira compartilhados. O fenômeno ajuda também a atenuar o “complexo de vira-lata” que há séculos domina as avaliações de analistas e observadores. O Brasil está no caminho. Ainda no meio, mas com excelentes oportunidades de chegar lá! A virtuosa série de indicadores nesse sentido possui fundamentos sólidos. Não apresentou regressões desde o início das medições e pelo andar que vai pode trazer ainda muito boas surpresas nos próximos anos. É esperar para ver.