Quando os sorridentes príncipe William e sua esposa, Kate Middleton, deixaram a maternidade do hospital St. Mary’s com o tão esperado bebê real nos braços, na terça-feira 23, deram início a um novo capítulo não somente em suas vidas, mas também na história da monarquia britânica. O pequeno herdeiro George Alexander Louis, príncipe de Cam­sbridge e terceiro na linha de sucessão ao trono inglês, é a peça que faltava para garantir o frescor da imagem da família real, que por quase 20 anos esteve em baixa diante de sucessivas polêmicas e escândalos, como as constantes traições do príncipe Charles, que culminaram no divórcio, seguido pela trágica morte da princesa Diana, em 1997. “William e Kate são os responsáveis por aumentar a popularidade da monarquia, tanto no País quanto internacionalmente”, afirma Emily Nash, especialista em família real do jornal britânico “The Sun”. “A feliz chegada do novo herdeiro só faz aumentar essa popularidade.”

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Segundo a consultoria britânica Ipsos Mori, no final de 2012, o ano do Jubileu de Diamante da rainha ­Elizabeth, a monarca tinha 90% de aprovação – ante 40% do primeiro-ministro David Cameron. A pesquisa ainda revelou que 79% dos britânicos ouvidos se disseram a favor da manutenção da monarquia, contra 16% que desejavam a república. O que deu início a esse bom momento da família real foi o casamento do príncipe William com a plebeia Kate, em 2011. Na época, o mundo parou para ver a duquesa de Cambridge entrar com o seu vestido de noiva Alexander McQueen na Abadia de Westminster e milhares de pessoas foram às ruas para celebrar a união de um casal jovem e atraente que, por si só, arejou a imagem fria da monarquia. Bem diferente de 1981, quando Charles e Diana deram um beijo protocolar após o consentimento da rainha Elizabeth II, William e Kate exibiram beijos apaixonados no balcão do Palácio de Buckingham.
O bebê real nasce em uma época em que o culto à celebridade atinge níveis recordes e ainda chega para garantir a estabilidade às próximas gerações – deve ser o primeiro rei do século XXII.

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COMO NOSSOS PAIS
Charles e Diana na saída da maternidade, com William nos braços, em 1981.
Modelo de vestido da sogra serviu de inspiração para Kate (acima, com William e George)

“É primeira vez, desde 1894, que um monarca britânico reinante tem três herdeiros diretos vivos”, diz a especialista em família real Victoria Arbiter Brown. E mais: como Kate não possui origens na realeza, o seu filho se aproxima das pessoas comuns, algo extremamente positivo. Isso sem contar que o pequeno George deve injetar cerca de US$ 373 milhões na economia britânica nos próximos dois meses, incluindo gastos em festividades, lembranças, brinquedos, livros, DVDs e outras mídias. “Só nos resta agora esperar pelos próximos capítulos desse conto de fadas”, conclui Emily Nash.

Fotos: LEON NEAL/AFP PHOTO; Anwar Hussein/Getty Images