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Escritores gostam de esconder as influências que recebem. O português Gonçalo M. Tavares faz o contrário: as alardeia. No livro “Biblioteca”, ele “cria”, por meio de pequenos verbetes, os escritores e pensadores de sua predileção. Os textos não são biográficos. Neles Tavares imita o estilo dos eleitos – e não são fáceis de imitar, caso do poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto (“Sozinho seu nome é um poema”). Um livro para se abrir ao acaso e passar o dia com boas ideias na cabeça.