Dois pesos, dois processos
Os 1.300 cotistas do Marka Nikko Asset Management aguardavam o depoimento do banqueiro Salvatore Cacciola à CPI dos Bancos para agir. Esta semana, o presidente da Associação dos Cotistas Lesados do Banco Marka, Luiz Eduardo Fernandes, vai à Justiça contra Cacciola por administração temerária e contra o Banco Central e a BM&F por improbidade administrativa. Ele questiona o tratamento diferenciado dado aos bancos Marka e FonteCindam. O BC vendeu dólar ao Marka, no dia 19 de janeiro, por R$ 1,27, mas não zerou as posições dos fundos de investimentos. Para o FonteCindam, o valor foi mais alto, R$ 1,32, mas a ajuda financeira beneficiou tanto a tesouraria do banco quanto os cotistas.

 

Previdência à francesa
Embora esteja no País há 90 anos, a seguradora francesa AGF parece decidida a atacar o mercado brasileiro com mais vigor. Sua alavanca para crescer será o AGF Previdência Annuity, um plano de aposentadoria complementar que começou a ser vendido em agosto de 1997, mas que agora passará a ser oferecido aos associados dos cartões American Express. A parceria deverá render 40 mil novos segurados. "Nossa meta é reunir US$ 1 bilhão em ativos nos próximos cinco anos", adianta Geraldo Magela, diretor-executivo da AGF. Dois fatores contribuíram para a investida da empresa no Brasil: a estabilidade econômica e, mais recentemente, a permissão para dedução no Imposto de Renda dos gastos com previdência complementar.

 

Caixa amargo
A corretora americana Salomon Smith Barney afirma que a CBD, holding do Pão de Açúcar, registrou em abril a primeira queda nas vendas por loja desde que o grupo de Abílio Diniz passou a divulgar resultados mensais, em agosto. A redução foi de 7,5%, já descontada a inflação. A queda ocorreu devido ao fraco desempenho das redes Extra (-12%) e Eletro (-35%). O analista da Salomon, Francisco Chevez, diz que o pior da crise brasileira ainda não passou e que, por isso, as vendas da CBD podem cair até o terceiro trimestre. Para o Pão de Açúcar, a culpa é das mercadorias não-alimentícias.

  L I N H A   D E   P R O D U Ç Ã O
Molho da nonna
De tempos a tempos, o McDonald’s testa novidades no cardápio para aumentar o número de visitas dos clientes. Os lançamentos da vez são dois sanduíches de hambúrguer, de inspiração italiana: o McBello, com queijo catary, e o McBuono, com molho à base de tomate, óregano, salsa e queijo parmesão. Os sabores foram desenvolvidos na filial brasileira da Universidade do Hambúrguer e os sanduíches serão vendidos até o começo de julho por R$ 2,95 cada um.

  B Ô N U S

 

SALVAÇÃO Em uma semana, as Casas Bahia venderam seis mil celulares pré-pagos no interior de São Paulo, o que representa uma receita de R$ 2 milhões. Novo filão para um varejo em crise.

 

MAIS EM CONTA Para enfrentar os importados, a Cica, da Unilever, está lançando a linha Molhos Prontos, com sabores caseiros. O preço será de R$ 2, cerca de 40% mais barato que os estrangeiros.

 

MELHOR AQUI "Compre porque é bom" pedirá a campanha da Confederação Nacional da Indústria e Sebrae para valorizar o produto nacional. Fernanda Montenegro e Pelé exaltarão a qualidade.