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Vinte e cinco pontos de estradas federais permanecem interditados até o momento, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O estado onde há mais bloqueios é o Rio Grande do Sul, com 11 interrupções. O ponto mais crítico é na BR-116, próximo a Caxias do Sul, nos quilômetros (km) 144, 146, 151. Também na BR-116, no km 465, perto de Lourenço do Sul, a PRF identificou um bloqueio.

Na Região Nordeste, há interdições na Paraíba, próximo a Cajazeiras, na BR-230, km 504; em Sergipe, no município de Japaratuba, na BR-101, km 47; no Piauí, em Altos, na BR-343, nos km 313 e 324 – próximo a Teresina. No Ceará, o trânsito também está suspenso próximo a Sobral, na BR-222, km 221.

Em Pernambuco, onde foram bloqueadas as vias de acesso ao Porto de Suape no início da manhã, foram liberados os bloqueios em São Caetano, município próximo a Caruaru, e em Belém do São Francisco, a 486 km do Recife. Permanecem interditados os km 94 da BR-428, próximo à Santa Maria da Boa Vista; o km 44, da BR-116, próximo a Salgueiro; e o km 95, da BR-104, próximo a Agrestina.

No Sudeste, a PRF informou que estão bloqueadas as BR-116, km 125, próximo a Caçapava (SP), e o começo da BR-262, no município de Cariacica (ES). No Rio de Janeiro, manifestantes bloquearam, no início da manhã, uma ponte entre os municípios de Rio das Ostras e Macaé, no norte fluminense.

Em São Paulo, a Via Anchieta está totalmente bloqueada por manifestantes em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, na altura do km 20, sentido capital, e do km 15, sentido litoral.

As rodovias federais na Região Centro-Oeste estão, em boa parte, liberadas. Há registro de bloqueio pela PRF na BR-163, próximo a Sorriso, a cerca de 400 km de Cuiabá. Entre Goiás e o Distrito Federal, houve manifestação próximo ao Trevo de Flores de Goiás, encerrada por volta das 9h30. O trânsito volta ao normal com lentidão. No DF, no momento, a PRF não registra quaisquer bloqueios em rodovias federais, mas manifestantes se aglomeram na Esplanada dos Ministérios.

BR-101 é a rodovia mais afetada por interdição de manifestantes na Bahia

Na Bahia, as interdições de rodovias se concentram na BR-101 e estão sendo feitas pelos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de acordo com a assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado. No fim da manhã, ainda havia três pontos de interdição: no quilômetro (km) 694, altura de Eunápolis; km 831, em Itamaraju; e km 940, em Teixeira de Freitas.

Segundo a PRF, os manifestantes bloquearam a rodovia BR-242, que liga Salvador a Brasília, no km 827, na altura de Barreiras. Na BR-116, a interdição ocorreu no km 427, em Feira de Santana. Na BR-324, que liga Salvador a Feira de Santana (BA), houve dois pontos de bloqueio: no km 605, em Simões Filho, e no km 518, em Feira de Santana. Essas vias foram liberadas, de acordo com a PRF.

Cerca de mil comerciários protestam na 25 de Março

Cerca de mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, participaram de uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, na Rua 25 de Março, principal polo de comércio popular da capital paulista. Os manifestantes seguem em passeata, neste momento, em direção à Avenida Paulista, onde está programado um ato conjunto das centrais sindicais pelo Dia Nacional de Luta.

De acordo com o presidente do sindicato, Ricardo Patah, o dia será marcado por protestos e reflexão. "O protesto na Rua 25 de Março representa muito, porque é o lugar onde mais se vende e ao mesmo tempo onde há o maior índice de informalidade e precariedade, altas jornadas de trabalho e violações nos direitos dos trabalhadores”, disse.

Além das reivindicações gerais do Dia Nacional de Luta, os comerciários reivindicam o fim da informalidade e redução da jornada de trabalho, que atualmente chega a 52 horas semanais, para 40 horas sem redução dos salários. “Foi graças ao consumo e ao trabalho do comércio que conseguimos ajudar a segurar a crise [desde 2008]”, ressaltou Patah.

Manhã no centro do Rio tem pequenas manifestações de diversas categorias

A manhã de hoje (11), no centro do Rio, foi marcada por pequenas manifestações divididas por categorias que se mobilizam para aderir ao protesto convocado para as 15h, na Candelária. O Sindicato dos Petroleiros (SindiPetro) se concentrou antes das 9h da manhã em frente ao edifício-sede da Petrobras, na Avenida Chile, e caminhou para a Avenida Graça Aranha, também no centro, onde há outro prédio da estatal.

Às 12h, os trabalhadores da Petrobras devem voltar a se reunir na Avenida Chile, de onde partirão para o protesto na Candelária. Entre os ítens da pauta unificada das centrais sindicais, os petroleiros deram maior ênfase aos pedidos de cancelamento dos leilões de petróleo.

Os médicos também fizeram uma manifestação no centro, convocada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremerj), pedindo a valorização da categoria e a aplicação de um valor correspondente a 10% do PIB na saúde pública. Os profissionais também exigem que os planos de saúde paguem o valor mínimo de R$ 70 por consulta, com reajustes anuais.

O maior protesto começou por volta das 10h, convocado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), e reúne mais de 120 pessoas na Cinelândia. O Sepe convocou paralisação de um dia em todas as escolas públicas do estado e pede piso salarial para os professores de cinco salários mínimos e de 3,5 salários para o funcionário administrativo, além de eleição para diretor de escola, autonomia pedagógica das escolas, implementação de planos de carreira unificados, entre outras.

Os profissionais da educação e da saúde devem se reunir por volta das 13h30 no Paço Imperial, de onde também partirão para a o protesto na Candelária, que poderá seguir para a Cinelândia, fechando a Avenida Rio Branco, às 17h. Algumas agências bancárias na via e na Avenida Presidente Vargas amanheceram fechadas por manifestantes e lojistas protegeram estabelecimentos com tapumes, com medo de depredações durante o protesto.

A pauta das centrais sindicais inclui oito pontos: o fim do fator previdenciário; a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem a diminuição dos salários; reajuste para os aposentados; mais investimentos em educação, saúde e segurança; transporte público de qualidade; reforma agrária; fim dos leilões de petróleo e a rejeição do Projeto de Lei 4.330/04, que permite a terceirização das atividades fim.

No fim da manhã, a Secretaria Municipal de Educação se posicionou, por meio de nota, sobre as reivindicações dos profissionais da área. "A Secretaria Municipal de Educação esclarece que das 1.429 unidades escolares, apenas 1,3% não tiveram atendimento no turno da manhã. A secretaria informa, ainda, que apenas 8,1% dos professores e 2,1% dos profissionais de apoio não trabalharam no turno da manhã desta quinta-feira (dia 11)", diz a nota.