Como não poderia deixar de ser, o Brasil está aderindo a uma febre que assola o resto do mundo. Monopattini, na Itália; scooters, nos Estados Unidos; as ruas brasileiras já estão dando espaço para as patinetes. E elas voltam, numa versão com tecnologia avançada, feitas de alumínio em vez de madeira e rodas de poliuretano no lugar dos rolimãs usados nas velhas patinetes de bem mais de 20 anos atrás, como nos mostra o trabalho do repórter Chico Silva, da editoria de Comportamento. O correspondente de ISTOÉ em Nova York, Osmar Freitas Jr., colaborou na reportagem da pág. 74 com um interessante relato, no qual se constata que a brincadeira é boa, mas requer cuidados, pelo menos aos não tão jovens. É o caso do quase cinquentão Osmar, que pegou emprestada a patinete da filha e acabou beijando o chão de Nova York. O resultado: alguns arranhões e duas costelas trincadas.

Melhor do que o nosso correspondente, saíram-se os procuradores da República. Convidados a depor na subcomissão do Senado que apura as acusações contra o ex-ministro Eduardo Jorge Caldas Pereira, foram esperados no Congresso como Torquemadas modernos. Capitaneados por Guilherme Schelb, os “inquisidores” surpreenderam pela consistência, equilíbrio e ausência de arrogância no seu depoimento, frustrando a bancada governista e a raiva contra eles alimentada por boa parte da mídia. Na reportagem, à pág. 32, pode-se ver que escaparam de arranhões e costelas trincadas. Pelo menos por ora.