Depois de seis anos na boa vida de Miami, o casal Collor desembarcou no Rio de Janeiro para cumprir uma aprazível agenda de compromissos sociais. A programação foi organizada por dois velhos amigos do ex-presidente: o empresário Ricardo Amaral e o publicitário Leleco Barbosa. Fernando e Rosane deixaram o rancor para trás e soltaram os bichos na ferveção carioca. O tempo foi gasto mais em festas do que em política, mas nem por isso Collor perdeu a oportunidade de mostrar que ainda sonha em voltar. Amigos dizem que ele está de olho numa vaga no Senado por Alagoas. Mas, na recepção oferecida na sexta-feira 14 pelo compadre Leleco e sua mulher, Maninha, Collor não cansou de elogiar o governador Anthony Garotinho, sinalizando aos presentes que adoraria uma aproximação com o pedetista.

O casal se hospedou no Ceasar Park, em Ipanema. As reservas foram feitas em nome dos seguranças, que também se hospedaram no hotel cinco estrelas. Logo na primeira noite, Rosane usou um pretinho Dior rendado, com um sapatinho de cetim da mesma cor, ornado por uma pérola e babados. O brinco de pingentes e o colar, de brilhantes, foram comprados na loja da amiga e designer de jóias Priscila Szafir, tia de Sasha, a filha da Xuxa. Collor não largava seus charutos cubanos Romeo Y Julieta. A excitação era grande já que eles foram os últimos a chegar no jantar para 70 lugares na casa de Leleco, filho do Chacrinha, o da buzina. O bufê, assinado por Laura Pederneiras, incluiu entradas com creme de lagostins e alho-poró. O menu não saiu por menos de R$ 7 mil. Bebidas? Espumante Pró-Seco Prata e o tinto Valpollicela Bolla, ambos italianos.

O clima latino da excursão ficou por conta do show de Julio Iglesias no Metropolitan, no dia seguinte. Depois do espetáculo, Rosane e Fernando foram cumprimentá-lo no camarim. Quando o cantor esteve em Brasília, Collor programou a execução do Hino Nacional colada com as baladas românticas do espanhol. De lá foram jantar no Buddha Bar, em Ipanema, outro point de Amaral. Rosane desfilou mais brilhantes, num composé com um vestido de malha crochê e sapato escarpim verdes. Na entrada, porém, um contratempo. Collor foi recebido por populares aos gritos de "pega ladrão" e "cuidado com a carteira". Mas quando passou pelos mauricinhos que festejavam a Fórmula Indy no Hippopotamus, no andar de baixo do Buddha, ganhou pedidos de autógrafos e fotografias. "Fiquei surpresa que no Hippo ninguém o hostilizou", confessa Regina Marcondes Ferraz. Para completar o clima receptivo, Amaral sugeriu sua candidatura ao Senado em 2002, entre aplausos dos convivas.

 

Boa companheira A mistura de emoções da glamourosa volta mexeu com o casal. Entre as várias trocas de idéias, a ex-primeira-dama confidenciou aos amigos que, nos quase 15 anos de casamento, ambos agora vivem o ápice da proximidade. "Ela deve ter sido muito boa companheira", avalia Regina, que bateu um longo papo com Rosane na "brindação" em torno do casal, promovida em seu apartamento no elegante edifício Chopin, em Copacabana.

O tour continuou por São Paulo e Maceió. "Ele vai continuar nessa triangulação que inclui Brasília e deverá ficar mais tempo no Brasil", avalia Leleco Barbosa. A viagem terá outra boca-livre, só que na capital federal. Na quinta-feira 27 Collor deverá estar entre os 1.400 convidados na festança que comemora a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Velloso. O convite partiu do primo Marco Aurélio de Mello, o novo vice do STF. Poderá se encontrar com o velho conhecido Itamar Franco e ainda com FHC.

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