A atitude de França, Itália, Espanha e Portugal de impedir que o avião que transportava o presidente da Bolívia, Evo Morales, ingressasse em seus espaços aéreos na terça-feira 2 causou indignação aos governos da América Latina. A presidenta Dilma Rousseff declarou que o ocorrido é “grave desrespeito às normas civilizadas de convivência entre as nações”. Para Cristina Kirchner, presidenta da Argentina, “estão todos loucos”, já que o “chefe de Estado e seu avião têm imunidade total”. O Mercosul está exigindo desculpas dos países envolvidos. Evo, que retornava da Rússia, foi impedido de trafegar no espaço aéreo europeu sob a suspeita de que transportava o ex-técnico da CIA Edward Snowden, que revelou o esquema de interceptação telefônica do governo americano. Morales só obteve permissão para aterrissar na Áustria, mas ficou retido no aeroporto de Viena por 13 horas. Liberado, o seu avião fez escala em Fortaleza e, finalmente, aterrissou em La Paz à meia-noite da quarta-feira 3.