Barack Obama perdeu por três a um na semana passada. Contra ele: a Suprema Corte derrubou uma parte fundamental da Lei do Direito ao Voto, marco do movimento pelos direitos civis nos EUA desde 1965. Pela lei, Estados americanos “passíveis de racismo” só podiam alterar as regras eleitorais com autorização do Departamento de Justiça. Isso evitava a discriminação racial. Agora cada Estado dita as suas normas quanto a quem pode ou não ser candidato. Mais contra ele: apresentou o primeiro plano climático dos EUA, propondo a redução de três bilhões de toneladas de emissões de poluentes até 2030. Foi criticado porque se achou que seu pacote é tímido demais. Finalmente, o primeiro presidente dos EUA afrodescendente foi vaiado no início de sua viagem à África, dada a omissão de seu governo em ajudar o continente. O único gol marcado por Obama foi a legitimação do casamento gay pela Suprema Corte, bandeira que o presidente nunca hasteou mas carregou.