A grande tacada da Polo

O novo licenciado da griffe americana Polo Ralph Lauren no Brasil – a São Paulo Alpargatas transferiu os direitos para o grupo argentino Exxel, há um ano – decidiu expandir o negócio de vez. As operações andavam mornas, com o número de lojas estagnado em seis, mas o Exxel já promete ter dez filiais até 2001, quando o faturamento deve pular dos atuais R$ 20 milhões para o equivalente a US$ 50 milhões. Fundo de investimento especializado em comprar empresas, o Exxel é um dos maiores da Argentina e tem bala na agulha: fatura US$ 4 bilhões por ano e já reservou US$ 12 milhões para a expansão da Ralph Lauren no Brasil. Além de novas unidades, estuda construir um outlet no Estado de São Paulo, além de aumentar o número de corners (espécies de quiosques) em shoppings e lojas multimarcas de 14 para 150. Segundo o diretor-executivo Cesar Scartezini, a próxima empreitada é espalhar pelo País a griffe argentina Coniglio, de roupa infantil vendida a preços médios, que já tem três franquias em Porto Alegre. Planeja-se abrir 42 lojas em cinco anos.

China começa a virar mico

As multinacionais estão perdendo dinheiro na China. Mais de um terço delas não é rentável e 25% trabalham no limite, de acordo com uma recente pesquisa da consultoria A.T. Kearney. Culpa da concorrência, acirrada nos últimos dois anos, das previsões irrealistas de mercado e das regras e tarifas complicadas. No universo das 70 empresas pesquisadas, as indústrias são mais pessimistas do que as empresas de serviços. E 62% das subsidiárias das corporações estrangeiras afirmam ser mais rentáveis contra apenas 42% das que nasceram de joint ventures com as companhias chinesas. O que derruba a teoria dos benefícios das parcerias locais. Como resultado, a China anunciou uma queda de 9,5% no montante de investimento estrangeiro direto no país, em abril.

Queda-de-braço no parque

O Parque Villa-Lobos permanece como uma sinfonia inacabada nas mãos do governo Covas. Depois de resolver o imbróglio imobiliário deixado pelo antecessor Quércia, a atual administração passou a ser assediada por interessados em explorar os valorizados 722 mil metros quadrados que andam abandonados no coração da capital paulista. Quem está encarregado de dar um destino ao parque é Fernando Braga, assessor do vice-governador, Geraldo Alckmin. Fala-se na criação de um grande complexo esportivo e cultural, mas teme-se também que a área seja fatiada indiscriminadamente pela iniciativa privada. Se isso acontecer sem a devida licitação, já há quem admita que o Villa-Lobos volte a ser combustível para demoradas pendências jurídicas.

  B Ô N U S

 

PRESENTE A americana Pfizer decidiu abrir seu capital aos seus 1.420 funcionários do Brasil, que poderão adquirir 150 ações da empresa. O motivo da abertura é o aniversário de 150 anos da empresa.

 

REAÇÃO As vendas de máquinas, um dos termômetros da indústria, reagem. No primeiro trimestre, o valor dos contratos ficaram 6,85% abaixo dos realizados no mesmo período de 1998. Melhor que a queda de 28% só de janeiro.

 

MESMA FORMA Até a indústria de calçados é vítima de pirataria. A paulista Klin, que lidera o setor infantil, briga para obter indenização de R$ 2 milhões de quatro fábricas de Minas Gerais que teriam copiado sua linha.

 

BRANQUINHA O mercado de bebidas se diversificou tanto que já inventaram até cachaça premium. Depois da Velho Barreiro Gold, vem aí a versão especial da aguardente 3 Fazendas. O novo produto também vai para Portugal e Espanha.