Reação a ACM

Diante das dificuldades de relacionamento com o ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, os peemedebistas adotaram o ministro da Saúde, José Serra, como seu interlocutor no PSDB. E o presidente do PMDB, Jader Barbalho, ouviu de Serra uma avaliação que lhe soou como música: com o lançamento da candidatura de ACM, o PFL deve se afastar mais e mais do PSDB. Por isso, os tucanos gostariam de estabelecer, a partir do ano que vem, uma aliança maior com o PMDB. Soou como música por quê? Porque Jader quer suceder ACM como presidente do Senado. Já tem direito a isso com seu partido sendo o maior da Casa. Mas, com o apoio do PSDB, terá a vitória garantida. A contrapartida seria eleger um tucano para presidente da Câmara. E o PFL, antes o todo-poderoso do Congresso, voltaria a ocupar um papel secundário no cenário político. Só falta combinar com os adversários.

Grampos e dossiês

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O caldeirão da aliança governista gesta mais uma encrenca. Em meio às denúncias de grampos no Ministério da Agricultura, os pefelistas resolveram distribuir veneno. Estão espalhando que foi o deputado tucano Chico Graziano (SP) quem preparou recentemente um dossiê contra o ministro da pasta, Francisco Turra.

A volta dos precatórios

O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, mandou carta ao Senado pedindo a inclusão, no projeto de rolagem da dívida do Estado, do pagamento dos R$ 700 milhões em precatórios suspensos desde a famosa CPI dos Precatórios. Escorregou ou está defendendo os beneficiários dos precatórios, já que eles foram considerados nulos pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, em decisão confirmada pelo STJ.

Ver para crer

Os governistas juram de pés juntos que a CPI dos Bancos acabou, está sob controle. Na prática, não é bem assim. Basta perguntar até quando ela funciona a seu padrinho, o presidente do PMDB, Jader Barbalho. O senador responde que, no mínimo, a comissão vai funcionar até setembro. Em outras palavras, ainda tem muito tempo pela frente para o Palácio do Planalto ficar nas mãos do PMDB. O próximo passo da CPI é investigar a participação do Banco do Brasil no escândalo da construtora Encol, o que chegaria a peixes mais gordos do que o próprio ministro Pedro Malan.

  R Á P I D A S

O ministro da Justiça, Renan Calheiros, abriu processo contra as indústrias de vacinas para gado. Recebeu denúncia dos produtores rurais de que montaram um cartel para a venda da vacina contra aftosa.


Os ministros do STM aprovaram a redução de juízes do tribunal, de 15 para 11, como era antes do governo Geisel. O número aumentou por causa da quantidade de processos com base na Lei de Segurança Nacional.

Por Tales Faria – Colaboraram: Mino Pedrosa e Hélio Contreiras


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