O auxiliar de enfermagem Edson Guimarães tem um requintado conhecimento científico da morte – sabe matar sem deixar vestígios. A chamada morte branca. Ele trabalhava até a sexta-feira 7 na Unidade de Pacientes Traumáticos do Hospital Municipal Salgado Filho (zona norte do Rio de Janeiro) que acolhe pacientes de baixa renda. Nos hospitalizados em estado terminal Guimarães aplicava injeção de cloreto de potássio (apenas minucioso exame médico-legal consegue detectar). Preso, o auxiliar de enfermagem admitiu que matava para indicar à família do morto uma agência funerária – e da agência indicada recebia R$ 100. Na unidade em que ele trabalhava houve 225 mortes desde janeiro – 131 em seu plantão. Guimarães confessou cinco assassinatos. Se confirmada a suspeita de que tenha matado 131 pacientes, superou em uma morte o famoso (e agora condenado) doutor