PFL lança ACM candidato
Na quinta e na sexta-feira, dias 6 e 7 de maio, os pefelistas realizam em Brasília a sua convenção nacional. E o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, informa: "Deverá ser aprovada por unanimidade uma moção recomendando o lançamento de candidato próprio do partido às eleições presidenciais de 2002." O Alemão diz isso e se cala com um sorriso enigmático. Ele sabe que o gesto do PFL só permite duas leituras. Primeira, um anúncio do rompimento com o PSDB às vésperas das eleições municipais do ano que vem. Os pefelistas continuam junto aos tucanos no governo federal, mas já avisam que logo estarão separados. E a segunda, mas não menos importante, é que a moção significa também uma espécie de lançamento da candidatura de Antônio Carlos Magalhães a presidente da República. Afinal, ninguém imagina hoje um candidato próprio do PFL que não seja o próprio ACM.

 

Alerta no mercado
O tititi está correndo solto no eixo Rio-Brasília. O grupo Vicunha, de Benjamin Steinbruch, lançou 100 milhões de debêntures no mercado e o fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil, comprou 10%. O Previ, que é sócio do Vicunha na CSN, teria ignorado um parecer técnico contrário à operação.

 

Fiscalização independente
O Senado está prestes a votar um projeto de regulamentação do artigo 192 da Constituição, que trata do sistema financeiro, tirando o limite de 12% para as taxas de juros do BC. O texto já foi aprovado na CCJ e é de autoria do então senador José Serra. Ele já encomendou a um grupo de ex-assessores outro projeto, que enterra de vez a idéia de autonomia do BC e cria uma agência de fiscalização dos bancos, esta sim, independente.

 

CPI dos bancos
Essa ainda não chegou na CPI, mas o PMDB e o PFL estão eufóricos. Descobriram que 14 empresas do Ceará devem R$ 350 milhões para o BNB, o Banco do Nordeste. Duas delas são ligadas ao supertucano Tasso Jereissati.

R Á P I D A S

– Nem o PFL apóia o neoliberalismo do governo. Presidente do partido em São Paulo, o liberal Claudio Lembo lança no dia 12 o livro Futuro da liberdade. Diz que o que está aí é um capitalismo nazista.

– O Palácio do Planalto anda de olho na governadora Roseana Sarney. Depois que seu pai virou eminência parda da CPI dos Bancos, ela não pára de falar grosso.