Drácula 2000 (cartaz nacional) – Tem diretor que teima em ressuscitar o mito do vampiro, mesmo depois de Francis Ford Coppola – com seu impecável Drácula de Bram Stoker – ter eliminado qualquer possibilidade criativa de novamente levar às telas o mais dark dos anti-heróis. Pois o americano Patrick Lussier teimou e quase conseguiu realizar uma saga pop sobre o rei das trevas, não fosse a vontade de imprimir um clima trash-chique tão do agrado adolescente. Em seu filme, recheado de efeitos e muito rock pesado, o protagonista Gerard Butler também tenta evitar a canastrice, mas acaba caindo na armadilha dos eternos olhares malévolos, principalmente sobre Mary (Justine Waddell). A diferença com as fitas congêneres é que a fobia do vampiro bonitão por símbolos religiosos vai muito além da mitologia. Após muitas mordidas sanguinolentas e lambidas mais excitantes que as de produções pornôs, o espectador vai constatar que, na visão de Lussier, nem sempre o olhar de Cristo é de compaixão. (A.R.)
Vale a pena