COMODIDADE Filtro de água digital, iluminação por sensores e um banheiro com tela touch screen

Como será o cotidiano de milhares de pessoas em suas casas num futuro que se torna cada vez mais próximo? Muita tecnologia estará presente, isso já se sabe, mas a novidade é que a facilidade que advém dessa tecnologia não implicará em aparelhos eletrônicos gigantes que cheguem a roubar, por exemplo, a cena da decoração de quartos ou salas – na verdade, eles irão compor a própria decoração. Computadores são essenciais? Pois bem, a facilidade que trazem estará associada à simplicidade: poderão ficar pendurados numa parede e se confundirão com um quadro, tendo direito até à moldura de madeira. Mais: será possível ouvir música, bastando, para isso, “pedir” ao equipamento de som que a execute – e o aparelho também será decorativo. “Queremos humanizar a tecnologia, os equipamentos precisam combinar eficiência e aconchego”, diz Paulo Zotollo, presidente da Philips para a América Latina, que abriu na semana passada, em São Paulo, a mostra The Simplicity – uma feira tecnológica com objetos que podem transformar o estilo de vida dos brasileiros.

No evento foram montados cinco ambientes (ilhas) de residências para mostrar como a tecnologia pode tornar a vida “descomplicada”, na definição do diretor de criação da empresa, Stefano Marzano. Entre uma ilha e outra, aparelhos digitais enfeitam ao mesmo tempo em que aumentam o bem-estar. Prova disso é o painel interativo. Pense num quadro que assume a estampa que mais lhe agradar (entre as diversas armazenadas) e que, dependendo do espaço da casa, possa ser sua tevê, seu rádio e seu computador. Tudo com a facilidade do touch screen, tecnologia que permite comandar a máquina através de um simples toque. Funcionando com potentes chips e processadores, esse computador-quadro foi a grande sensação na abertura do evento.

Outra vedete é o porta-retrato digital, feito em madeira e pintado de branco, com design clean para destacar a foto. Até aí, nada de mais. A originalidade é que basta “pedir” para ele trocar imediatamente a fotografia que expõe. Com um sistema digital de reconhecimento de voz, o aparelho “ouve” o dono e procura em seu arquivo qual a imagem que lhe foi pedida. O evento decidiu homenagear também as crianças e então veio a idéia de se criar um livro eletrônico que, conforme a alegria ou dramaticidade da história infantil que é contada pelo adulto, envia sinais digitais para um abajur. E esse, por sua vez, cuida do “clima”, aumentando ou diminuindo a iluminação para criar um ambiente adequado ao enredo.

 CLAUDIO GATTI/AG. ISTOÉ

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