Polícia da cidade paulista de Campinas está levando um baile de uma menina de 15 anos. Ela é M.M.C., única sobrevivente de uma família que teve todos os seus demais membros mortos por envenenamento (arsênico) no final de janeiro. Morreram o médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, pai de M.M.C., a sua mãe, Thelma Almeida Migueis, e também a sua irmã que tinha 17 anos. O fato de a menina estar dando um baile não significa que ela seja culpada pelo envenenamento. Os passos do baile:

• No início a polícia desconfiou muito de M.M.C. pelo fato de ela ter dito que
fizera e servira a seus familiares um bolo de chocolate, pouco antes de todos passarem mal e serem hospitalizados. Ela também foi para o hospital, ficou internada e sobreviveu. A primeira surpresa para a polícia foi que no seu organismo também se encontrou arsênico.

• Veio uma segunda surpresa quando se constatou que no bolo não havia veneno. Só que aí a menina declarou à polícia que o seu pai dera um remédio a todos os familiares e que ela jogara o resto do medicamento num dos vasos da casa. A polícia examinou os vasos, e nada de veneno.

• Finalmente, na segunda-feira 21, M.M.C. desapareceu (no mesmo dia foi sepultada a sua avó paterna). Antes de fugir da casa da avó materna, a garota postou-se diante de um espelho, filmou a sua imagem refletida e gravou a sua voz: “Jamais faria mal a alguém.” Ela levou jóias e R$ 600.