Logo à entrada da galeria, cujo espaço foi transformado em labirintos por meio de caixas de papelão, três trabalhos pendem das paredes, em cabos de aço. Neles, a exemplo dos cinco restantes, colocados no mezanino, a matéria-prima – cerâmica, parafina, câmara de ar, cobre, vidro e aço – surge em seu estado natural, como se recusasse metáforas. A comunicação se opera em um outro plano, co-mo um frio na barriga. Ex-aluno de Wesley Duke Lee e co-fundador, ao lado de Luiz Paulo Baravelli e Carlos Fajardo, da Escola Brasil, nos anos 70, José Resende torna poética e transparente a rigidez dos objetos. (L.C.)
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