O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acertou na dupla cirurgia que fez em sua Pasta na semana passada. Primeiro, cortou a propaganda que supostamente se propunha a alertar para a importância do uso de camisinha, mas que, na realidade, mais parecia uma apologia à prostituição. Nela se vê uma mulher e se lê a seguinte frase: “Eu sou feliz sendo prostituta.” Na segunda operação, o ministro exonerou o seu principal “instrumentista” no setor de DSTs, o diretor Dirceu Greco. Imediatamente, sobrou a acusação de moralista, daqueles que enxergaram preconceitos onde, na verdade, parece ter havido bom-senso. Defendem a tese do preconceito os que alegam que a propaganda visava tirar da prostituta o estigma de que ela pode transmitir doenças sexuais. O que está em jogo, na verdade, é o fato de que tais doenças são transmissíveis e, com certeza, deixam de ser adquiridas com o uso de preservativo. Nova propaganda foi lançada, desta vez com mensagem clara sobre a relevância da camisinha.