i69864.jpgO seriado de ação e suspense The cell, produzido pela Fox, e o programa adolescente Sorority forever, do Warner Channel, são as duas atrações que acabam de estrear na internet e sinalizam uma tendência que vem se consolidando no mercado: a produção de conteúdo ficcional exclusivamente para a telinha do computador. The cell foi produzido para a internet e tem 20 episódios diários. Conta a história de Spencer, um jovem que se vê aprisionado numa cela e só pode ouvir uma voz através de um celular abandonado na prisão. E Sorority forever, primeira série do Warner Channel só para a web, aborda o universo das adolescentes inspirado nas personagens de Gossip girl e foi produzida pelo diretor McG, o mesmo de As panteras. Essa idéia de incrementar a produção de ficção para a rede ganhou novo fôlego há dois anos, quando entrou no ar o Lonelygirl15, seriado protagonizado pela adolescente Bree que atraiu cerca de dez milhões de acessos nos primeiros meses em que foi exibido no YouTube. O público achava que Bree e suas histórias eram reais, mas logo se soube que não, ela era uma criação de três roteiristas e interpretada por Jessica Rose.

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A bem sucedida temporada do programa animou investidores, atraiu emissoras, estúdios e também atrizes famosas. Liza Kudrow, a queridinha de Friends, é a estrela da comédia Web therapy. Em episódios de três minutos, ela vive uma terapeuta perturbada que atende os seus pacientes pela web. Outra atriz que enveredou pelas webseries é Rosário Dawson (a Gail do filme Sin city). Ela é a protagonista da ficção científica Gemini division. Segundo Bernardo Hohagen, diretor da .Fox Networks, divisão que cuida especificamente dessa área e que já atua em 18 países, 90% dos investimentos em mídia estão destinados à mídia online. Afinal, trata-se de um mercado de 700 milhões de pessoas. “A criação de conteúdos, como as séries, é uma forma de ampliar os negócios no segmento e consolidar o que já é uma tendência mundial”, diz Hohagen.