Inspirada na famosa peça do americano Martin Sherman, sobre o relacionamento de dois homossexuais num campo de concentração nazista, este espetáculo transposto para a dança ficou tão despojado das referências históricas que não faria a menor diferença caso se chamasse O beijo da mulher aranha. A coreografia de Sandro Borelli, porém, justifica a investida. Alternando violência e lirismo, só peca pelo detalhe gratuito dos figurinos – os dois homens em cena usam camisas sociais e cuecas samba-canção que deixam as partes íntimas à mostra. Apesar das licenças, o autor, que esteve no Brasil para a estréia, adorou a montagem. (I.C.)
VALE A PENA