A presidenta Dilma Rousseff indicou na semana passada o livre-docente em direito constitucional Luís Roberto Barroso para a vaga que ficara aberta com a aposentadoria de Carlos Ayres Britto. Tal é o prestígio do novo ministro no mundo acadêmico que, na última década, poucos são os votos do STF que não trazem a citação de seu nome. Barroso atuou como advogado em questões polêmicas – e as ganhou: a interrupção da gravidez em caso de fetos anencéfalos, a defesa de pesquisas com células-tronco embrionárias e a não extradição do ex-terrorista italiano Cesare Battisti. Se quiser, ele poderá em breve colocar a cabeça num vespeiro: participar do julgamento dos recursos interpostos pelos defensores dos condenados no processo do mensalão.