O governo da Bolívia promulgou a lei que permite ao presidente boliviano, Evo Morales, de 53 anos, candidatar-se às eleições para um terceiro mandato. Se ele vencer as eleições, será o presidente que mais tempo governou o país. A iniciativa gerou polêmica, mas os governistas obtiveram a vitória.  Para a oposição, a medida é uma violação à Constituição da Bolívia. “O Tribunal Constitucional reafirmou o que estava na Constituição”, disse García Linera. 

Ex-líder dos agricultores que cultivam coca, Morales foi o primeiro presidente eleito de origem indígena e tomou posse respeitando as tradições dos “povos originais”. Ele usou trajes típicos e participou de cerimônia religiosa nas ruínas de Tiwanaku, do período pré-inca. 

Em 2008, os eleitores da Bolívia aprovaram, em referendo, a manutenção de Morales, do seu vice-presidente Linera e de alguns governadores em seus cargos. A Corte Nacional Eleitoral da Bolívia confirmou os resultados. O mandato presidencial na Bolívia é cinco anos.