25/04/2022 - 11:22
Conseguir ser artista nos dias de hoje é motivo de comemoração. Infelizmente, são poucas as oportunidades, o reconhecimento demora muito tempo e a competição é grande. Apesar dos desafios, temos uma nova safra de artistas que estão despontando no exterior. O brasileiro Revolue é um dos novos nomes de destaque da atualidade e que está mostrando sua arte contemporânea em novas exposições marcadas em Nova York (de 19 de maio a 10 de junho na Krause Gallery) e Hong Kong (de 26 a 29 de maio na Streams Gallery – Art Central Art Fair)
Sua arte mistura técnicas clássicas com a arte urbana, explorando muitas cores, diferentes materiais e texturas, num estilo que parece uma releitura da Pop Art. É bem interessante ver tinta a óleo junto com giz de cera e spray num único trabalho. Suas obras retratam o comportamento caótico e os hábitos humanos em contraste com o cenário urbano, tendo São Paulo como local de inspiração para suas criações. Mostra o caos e o fluxo constante de informações em uma das maiores metrópoles do mundo. Então, podemos dizer que a agitação de São Paulo está fazendo bastante sucesso no exterior com suas caraterísticas únicas pelas mãos do artista. Prova disso é que ele já teve obras expostas em galerias de Miami, Nova York, Los Angeles, Amsterdã, Lisboa, Viena, Londres e Paris. E, infelizmente, temos que reconhecer que o Brasil consome pouca arte, se compararmos com outros importantes países e, portanto, reconhece e valoriza poucos artistas.
Foi grafiteiro na juventude, trainee no começo da fase adulta, morou na Austrália e em Londres, mergulhando de vez no universo da arte. Essa base o ajudou na composição de seus trabalhos, assim como na preparação técnica que teve. Quem conhece Revolue sabe que ele é minimalista, mas suas obras exploram as emoções por trás das cores, deixando para o público a interpretação da imagem e das cores. Trabalha para que suas obras sirvam de inspiração positiva para as pessoas. Sua produção artística já está espalhada pelo Brasil e pelo mundo na casa de muitos colecionadores. Revolue acredita que os nossos rostos servem como reflexo de nossa essência: “É no rosto que vemos a expressão de nossas personalidades e experiências, assim como nossos verdadeiros sentimentos.”
As mesmas galerias de Nova York que expõem o trabalho de Revolue, apresentam obras de outros artistas que estão crescendo em importância no novo ambiente contemporâneo. David Choe é um deles e um dos mais multimídias: é artista, músico, ex-jornalista e apresentador de podcast. Seu trabalho explora uma ampla variedade de contextos de cultura urbana e entretenimento. Com isso, está conquistando respeito e admiração de galerias e museus, além de chamar a atenção de novos colecionadores de arte. Dizem que ele é tão competente na frente de uma câmera quanto diante de uma tela. Porém, é um fato que ele explora bem várias formas em seus trabalhos e potencializa sua imagem com a ajuda da mídia, que mostra seu trabalho e suas ideias registradas em quadrinhos, livros, roupas, músicas, filmes, TV, em uma lista diversificada de possibilidades.
Bustart é outro artista da atualidade que ganha cada dia mais reconhecimento. Ele é suíço que produz esculturas, pinturas e gravuras, utilizando sempre que possível um mix de técnicas nos seus trabalhos. Começou com grafites nas ruas da Suíça, combinando letras com personagens e elementos da cultura pop. Logo desenvolveu seu estilo, unindo materiais, grafite e cores em várias camadas. Trabalha explorando as possibilidades do stencil. Com isso, seus trabalhos já estão ganhando destaque nas galerias de arte. Atualmente vive em Amsterdã, cidade que proporcionou um grande impulso em seu desenvolvimento criativo.
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