Já faz algum tempo que viajar de avião no Brasil virou um calvário insuportável. Controladores de vôo em greve, pistas fechadas, neblina – tudo atrapalha a vida dos usuários dos vôos comerciais. Para driblar os imprevistos aeroportuários e conseguir chegar a tempo a compromissos em outras cidades, você não precisa ir de carro ou de ônibus. O táxi aéreo pode ser a melhor solução. Não é a mais acessível, mas certamente é a mais confortável. As empresas conseguem decolar com mais pontualidade nos grandes aeroportos porque possuem número de aterrissagens e decolagens já reservado, e que independe dos vôos comerciais. Para contratar o serviço, a dinâmica é a mesma de um táxi comum: paga-se por quilômetro rodado – ou, nesse caso, voado. Uma passagem na ponte aérea Rio-São Paulo pela TAM sai hoje aproximadamente R$ 230 somente a ida. O mesmo trajeto feito em uma King Air C90, da Global Táxi Aéreo, pode custar cerca de R$ 3.800 – R$ 9 por quilômetro (leia tabela). Considerando que a aeronave comporta oito passageiros, fretar um vôo com esse trajeto e rateá-lo entre amigos ou colegas de trabalho reduz o custo proporcional. O mesmo trajeto sai por R$ 475 para cada um. Para vôos mais longos, as aeronaves devem ser mais potentes e o preço por quilômetro, conseqüentemente, é mais caro. Na Alliance Jet, a Falcon 2000 EX faz inclusive vôos internacionais. O valor do passeio: R$ 28 por quilômetro. Segundo Paulo Corrêa, gerente operacional da Premier Táxi Aéreo, esses valores não tendem a diminuir, nem mesmo com o aumento da concorrência. "Os preços são altos devido às taxas aeroportuárias, que são altíssimas, e também ao combustível", explica.