i69848.jpgOs torcedores do Corinthians, que amarga neste ano a Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol, têm mais um motivo para lotar os estádios e empurrar o time para a primeira divisão. Desde o sábado 11, o grupo Cheerleaders Brasil, composto por cinco dançarinas, anima a Fiel com coreografias, pompons e gritos de guerra. O figurino adaptado – e reduzido – da versão usada pelas líderes de torcida nos Estados Unidos, berço da prática, deixa boa parte do corpo das moças à mostra. Um meião com as cores do clube completa o visual. A estréia teve como palco o estádio do Pacaembu, em São Paulo, no jogo contra o Santo André. “Deu um friozinho na barriga, mas valeu a pena”, diz Ariana Nasi, uma das cheerleaders, sobre o batismo.

Criado no ano passado, o Cheerleaders Brasil faz aparições em eventos corporativos e esportivos – os primeiros trabalhos foram em partidas de vôlei e futsal. Para que o grupo ficasse harmonioso e sincronizado, investiu-se pesado em treinamento. O empresário Cacau Oliver, idealizador do projeto, conta que contratou um diretor artístico e uma coreógrafa para que a apresentação não dependesse apenas da beleza das meninas. “Misturamos o jeito americano com um pouco de samba para ficar com a cara brasileira”, diz Oliver. O Corinthians fechou um contrato que prevê a participação nos principais jogos da equipe até o final do ano.

Pouco conhecido no Brasil, o cheerleading é um esporte maduro nos EUA. Lá, grupos profissionais apresentam rotinas com movimentos dignos de atletas olímpicos. Os campeonatos nacionais de cheerleaders movimentam milhões de dólares. “Em dois anos queremos mandar atletas brasileiras para competir lá fora”, diz Wendell Dantas, presidente da Comissão Paulista de Cheerleading. Defensor da vertente menos sensual e mais acrobática do esporte, Wendell organiza treinos e representa os quatro times de cheerleading “oficiais” do País. “Sei que existem outros grupos em escolas privadas, mas queremos estimular o esporte de forma mais ampla”, afirma. Para ele, mesmo que iniciativas como a da Cheerleaders Brasil não representem o que ele entende como o esporte, é positiva a atenção que o assunto acaba recebendo. “Queremos criar uma cultura de cheerleading no País”, diz. Em tempo: as moças fizeram a alegria da galera no Pacaembu. Mas o placar não foi lá essas coisas: 2 x 2.


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