Conheça, em vídeo, o Frotox:

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A nova promessa para acabar com as rugas de expressão – aquelas que se formam pela movimentação intensa e frequente de determinados músculos da face – chama-se Iovera. Aprovado recentemente na Inglaterra e esperado para chegar em breve à Alemanha, Holanda, Bélgica e França, o produto vem sendo considerado o sucessor do Botox (nome do artigo mais famoso a usar a toxina botulínica para amenizar as marcas). Anuncia, porém, uma vantagem: apagar os sulcos sem recorrer a uma substância externa. Utiliza apenas a reação do corpo ao frio extremo.

Isso porque o método se baseia na aplicação, por meio de finas agulhas, de nitrogênio líquido sobre os pontos a serem tratados. O procedimento causa uma onda de choque frio na região e atinge os nervos responsáveis pela contração dos músculos envolvidos nas expressões faciais. De acordo com a empresa fabricante, a californiana Myoscience, o resultado é que os nervos acabariam entrando em um estado de dormência, sem apresentar atividade na área. Como conse­quência, haveria um relaxamento dos músculos, o que leva à minimização das linhas de expressão. Esse efeito, na verdade, é o mesmo provocado pela aplicação da toxina botulínica que hoje faz tanto sucesso. Contudo, enquanto o resultado da toxina dura cerca de seis meses, o Iovera duraria a metade desse tempo.

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Alguns estudos clínicos patrocinados pelo fabricante estão sendo conduzidos nos Estados Unidos. “Pesquisas recentes, com quase quatro mil pacientes, demonstraram que se trata de uma alternativa livre de toxina e pouco agressiva”, afirmou o médico Jonathan Sykes, diretor do Departamento de Cirurgia Plástica Facial do UC Davis Medical Center, na Califórnia, nos Eua. Segundo o que foi observado, alguns dos efeitos secundários são inchaço e hematomas.

No Brasil, os médicos estão na expectativa dos reais benefícios do método. “Se for realmente o que estão dizendo, pode ser uma boa opção ao Botox”, afirmou a dermatologista Karla Assed, do Rio de Janeiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A médica Fernanda Casagrande, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, acredita que é preciso esperar por mais pesquisas, e conduzidas de maneira independente, sem vínculos com o fabricante. “Talvez seja uma alternativa promissora para o futuro. No Brasil, estamos aguardando os estudos que estão sendo feitos nos Eua. A partir deles, poderemos ter uma posição mais favorável”, afirmou. A Myoscience pretende lançar o produto aqui no País no ano que vem.