Durante 35 anos, o general Alfredo Stroessner manteve o Paraguai à sombra de uma ditadura. Na página 92 desta edição, o leitor o encontrará sob o sol de Brasília, à beira de uma das piscinas da Academia de Tênis. O retrato da boa vida do ex-ditador paraguaio é obra do repórter fotográfico Ricardo Stuckert, 29 anos. Sempre atento ao foco das notícias, ele flagrou Stroessner no mesmo dia em que o Brasil concedia asilo político ao ex-presidente Raúl Cubas, que renunciou no domingo 28, após mergulhar o Paraguai numa enorme crise política. "Só durmo depois de ler, na Internet, as notícias que vão estar nos jornais do dia seguinte", conta Stuckert, que saiu da revista Veja para retornar à ISTOÉ, onde trabalhou em 1993. Com ele, regressou à equipe a editora Sônia Filgueiras, responsável por furos como o da famosa Pasta Rosa e que, nos últimos dois anos, esteve com Paulo Henrique Amorim no Jornal da Band. Aos 31 anos, Sônia é uma das mais respeitadas jornalistas de economia de Brasília, uma incansável batalhadora da notícia exclusiva e da checagem exaustiva dos dados.