Aviso aos navegantes: seu correio eletrônico pode receber a visita da perigosa Melissa. A criminosa, também conhecida como W97M_Melissa, é um vírus que só ataca o Outlook Express, o programa de e-mail da Microsoft. Uma vez ativada, Melissa envia mensagens (contendo uma sedutora lista de sites pornôs) para até 50 destinatários. O remetente é sempre alguém conhecido, porque o vírus automaticamente recolhe os nomes no caderno de endereços de quem o disparou.

Portanto, suspeite se receber uma "mensagem importante de…", cujo texto diz (em inglês): "Aqui está o documento que você pediu. Não mostre a ninguém ;-)." Em anexo, um arquivo do Word 97, intitulado "list.doc", com senhas para entrar em 73 sites pornográficos. Parece que você está a um clique do paraíso, mas não se iluda: ao abrir o arquivo no editor de textos estará comprando uma passagem para o inferno. Melissa dispara um comando que automatiza tarefas do Word, que procura pelos endereços postais e se auto-remete para todos eles. E toda vez que se abrir um novo documento, esse comando será novamente ativado e lá se vão mais 50 e-mails para o ciberespaço.

Melissa, ironicamente o nome da mulher de Bill Gates, o dono da Microsoft, está proliferando como uma rapidez nunca vista. Segundo a Network Associates, que presta assessoria de informática nos EUA, Melissa é o vírus de infecção mais rápida já visto: 80% dos seus clientes foram atingidos. Desde que entrou em campo na última sexta-feira 26, vem se alastrando e fazendo estragos nos sistemas de correio de centenas de empresas ao redor do mundo – o tráfego é tanto que acaba congestionando e travando o sistema.

Para piorar, na segunda 29 os administradores de sistemas detectaram a aparição de mutações do Melissa, como o papa, que para se auto-ativar usa a planilha Excel, da Microsoft. O caos é tamanho que até a polícia federal americana foi chamada à ação. Quer saber quem é o responsável por tamanho desastre – que já atingiu mais de 100 mil computadores.