Marcada por coloridos vibrantes e pela liberdade formal, a pintura do Grupo Cobra – coletivo de artistas provenientes das cidades de Copenhague, Bruxelas e Amsterdã, formado no pós-guerra, numa reação direta à angústia daqueles anos difíceis – ganha sua maior exposição no País, com uma seleção de trabalhos de primeira. Sob a curadoria do diretor da Pinacoteca, Emanoel Araujo, e do publicitário Jens Olesen, a mostra reúne em sete salas 120 obras de 22 artistas, entre eles o belga Pierre Alechinsky, os holandeses Karel Appel, Constant e Corneille, e os dinamarqueses Carl-Henning Pedersen e Henry Heerup. Todos os trabalhos vieram do Cobra Museum Voor Moderne Kunst Amstelveen (Museu Cobra de Arte Moderna de Amstelveen, cidade próxima a Amsterdã). A ótima coleção permitiu que os curadores dedicassem salas inteiras a nomes como os de Pedersen, Appel e Constant, dando uma ampla visão da fase inicial do grupo, que existiu de 1948 a 1951, e das carreiras individuais de seus representantes mais conhecidos. Influenciados pelo desenho infantil, pela arte primitiva e pelas manifestações do inconsciente, os artistas do Grupo Cobra, no conjunto, realizaram uma obra vital. (I.C.)
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