System of a down, idem (Sony Music) – Há tempos a indústria fonográfica americana anda à cata de um estilo que recupere a unanimidade do rock, hoje pulverizado em minitribos. A resposta encontra-se em alguns grupelhos como o System of a down, quarteto armênio-californiano de rock pesado, que vem ocupando posição de destaque no pódio dos decibéis. Em seu primeiro álbum, de 1998 e lançado aqui com atraso, o som da banda tem a fúria do Sepultura e afins, o tom político do Rage Against the Machine, pinceladas de rap e, por incrível que pareça, momentos de lirismo. Assim, eles tanto podem soar como os Sex Pistols em Suite-pee, quanto embarcar em sonoridades orientais em Know. Ou então empunhar bandeiras de militantes lembrando Nina Hagen em P.L.U.C.K., título formado pelas iniciais em inglês de “politicamente mentirosos, sacrílegos, assassinos covardes”, uma referência ao genocídio do povo armênio, levado a cabo pelos turcos, por volta de 1915. (L.C.)
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