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A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que estará em Brasília no próximo dia 9, deverão analisar o caso da suspensão do Paraguai do Mercosul. Há 11 meses, o Paraguai foi suspenso do bloco porque os líderes da região concluíram que o processo de impeachment do então presidente paraguaio Fernando Lugo transgrediu a ordem democrática.

O Mercosul é um dos principais temas das reuniões que Maduro terá no Brasil, no Uruguai e na Argentina. É a primeira viagem ao exterior do venezuelano, desde sua eleição em abril. Em 28 de junho, a Venezuela assume a presidência pro-tempore do Mercosul.

Em agosto, o presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, assume o governo substituindo o atual presidente Federico Franco. O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, que está no comando do Mercosul, convidou Cartes para participar da reunião de junho, em Montevidéu (Uruguai).

“O teor da conversa [de Maduro com Dilma] vai ser muito mais vinculado às questões políticas e ao funcionamento do Mercosul”, ressaltou Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais.

O giro de Maduro pelos países do Mercosul começa no Uruguai, depois segue até a Argentina e acaba no Brasil. “[O objetivo das visitas] é seguir completando a integração perfeita”, disse ele, lembrando que o esforço é pela “busca da igualdade social de todos os povos que estão no bloco [Mercosul]”, disse o presidente venezuelano.

O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai – que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Com os venezuelanos, que ingressaram no bloco em dezembro de 2012, o Mercosul passa a contar com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões. A população é 275 milhões de habitantes.