Filho de nordestinos, nascido e criado na zona leste de São Paulo, o cantor, compositor e violonista paulistano Edvaldo Santana ressuscita em suas canções uma malandragem suburbana moldada não pela violência gratuita dos novos tempos, mas pelo humor cruel e inteligente. Sua voz peculiarmente rouca impregna ótimas letras salpicadas de gírias da sua região. Elas investem num tom satíri-co como Cabral, Gagarin e Bill Gates, uma brincadeira sobre a globalização. Crítico sem perder a ginga, Santana exibe um som balançado, que tanto remete às suas raízes nordestinas como aos vibrantes acordes do blues-rock. (C.F)
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