T E C N O L O G I A
Celular faz mal ao cérebro?
Essa pergunta tem circulado por todo o mundo desde que os aparelhos de telefonia celular se tornaram um utensílio popular. Há muita controvérsia, apesar dos vários estudos a respeito. O mais recente deles, feito por pesquisadores suecos, é preocupante. Diz que dois minutos da radiação emitida pelos celulares prejudicam um mecanismo de defesa do organismo que impede a entrada no cérebro de certas proteínas e toxinas presentes no sangue. São elas que, ao penetrar nos tecidos cerebrais, aumentam os riscos de doenças como a de Alzheimer e Parkinson, além da esclerose múltipla. Os testes, feitos na Universidade sueca de Lund, expuseram ratos a pulsos de microondas semelhantes aos emitidos pelos celulares. Outro trabalho, feito nos EUA, chegou a conclusões semelhantes. Porém, logo depois de noticiado, foi parcialmente desmentido pelo próprio pesquisador, Henry Lai, da Universidade de Washington. Segundo ele, "ainda é prematuro dizer com certeza que o que aconteceu nos ratos de laboratório é o mesmo que se dá com o sujeito que usa celular". A conferir.

E N E R G I A
Enche o nanotubo
Muito provavelmente a solução para os altos níveis de poluição do ar nas grandes cidades do mundo esteja em uma cadeia microscópica de carbono. Cientistas americanos e chineses desenvolveram um método de armazenagem de altas quantidades de hidrogênio dentro de tubos de carbono de apenas dois nanômetros de diâmetro (bilionésimos do metro). Agora só falta esses mesmos pesquisadores encontrarem uma forma de produzir tanques de combustível com esse método. Até então, a maior dificuldade era justamente armazenar o gás hidrogênio nos carros. Gastava-se mais energia para comprimi-lo em um tanque do que a produzida por ele. Assim, o hidrogênio, já considerado o combustível do futuro por ser barato (é feito a partir da água) e não poluente, poderá substituir em um futuro talvez não muito distante a gasolina e o óleo diesel. Resta saber qual será a reação das grandes companhias de petróleo.

G A S T R O N O M I A
Mais sabor
A melhor forma de degustar um biscoito não é com chá ou café, mas com leite frio. Melhor ainda se for achocolatado. Essa, por incrível que pareça, é a conclusão de uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Nottingham, Inglaterra. Seu autor, Len Fisher, é o mesmo cientista que ganhou este ano o Ig Nobel (que premia as pesquisas mais estranhas) por ter definido uma fórmula matemática de como molhar um biscoito em um chá para melhor aproveitar seu sabor. Segundo sua nova experiência, encomendada por um fabricante de alimentos, o leite "segura" o sabor do biscoito na boca, enquanto as bebidas quentes "lavam" o paladar antes que ele possa ser devidamente apreciado. A pior de todas as bebidas para acompanhar um biscoito é a limonada. Vivendo e aprendendo.