Com um pé fora do governo
FHC insiste em que não está havendo tantos cortes na área social. Mas nem o pessoal do seu governo pensa assim. Na quinta-feira 11, a secretária nacional de Assistência Social, Wanda Engel Aduan, indicada para o cargo pelo PFL, chamou a seu gabinete 15 deputados governistas e de oposição. Surpreendeu os oposicionistas com a veemência com que reclamou da tesoura na área social, citando exemplos como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que já perdeu R$ 52 milhões para este ano. A deputada tucana Zulaiê Cobra Ribeiro se viu obrigada a interromper: "Também não vamos falar tão mal assim do governo." No final, Wanda Engel arrancou do grupo o compromisso de fundar a Frente Parlamentar de Assistência Social, com o objetivo de tentar uma suplementação de R$ 300 milhões para o setor este ano. Ganhou a batalha. Mas, se continuar falando assim, vai acabar demitida pelo Palácio.

Estado do Pantanal
O governador Zeca do PT está pensando em propor que o nome de Mato Grosso do Sul seja mudado para Estado do Pantanal. O motivo é que a todos os lugares onde vai confundem o seu Estado com o vizinho do norte, Mato Grosso. Além disso, o adjetivo gentílico sul-matogrossense seria muito complicado. O governador gostaria de substituí-lo por guaicuru, uma tribo indígena.

Padrinho poderoso
A história corre solta no Tribunal Superior do Trabalho: há um nome por trás da briga entre Antônio Carlos Magalhães e o TST. Trata-se de Ângelo Mário de Carvalho e Silva, ministro classista patronal pela Bahia que está com o mandato para vencer. Apadrinhado, naturalmente, por ACM, o ministro pretende ser reconduzido ao cargo. Mas o presidente do TST, Wagner Pìmenta, fez chegar ao Palácio do Planalto a informação de que não gostaria que isso ocorresse. Foi o bastante para deflagrar a ira do presidente do Senado.

Aposta perigosa
O deputado petista Wellington Dias entrou, na Câmara, com um pedido de informações do Executivo. Depois de ver o presidente, na ISTOÉ da semana passada, prometer US$ 1 milhão para quem provasse que está se separando da mulher, Dias quer saber se as fontes de renda do presidente justificam o montante anunciado e onde estão estes recursos.

Sempre antenado
O ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros retomou, como consultor privado, um dos projetos que vinha tocando sigilosamente no governo por determinação do presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi contratado pela Rede Manchete para tirar a empresa do buraco.

Títulos globais
O governo decidiu a forma com que vai lançar no mercado os títulos para captação de cerca de US$ 1 bilhão no Exterior. Serão do tipo Global Bonds, ou seja, títulos que podem ser negociados em qualquer lugar do mundo. Vários bancos estrangeiros começaram a disputar o direito de negociar esses títulos em nome do tesouro brasileiro.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

 

R Á P I D A S

Já que Epitácio Cafeteira desistiu da vida pública, a governadora Roseana Sarney, tenta convencer seu pai, José Sarney, que é senador pelo Amapá até 2006, a concorrer ao Senado em 2002 pelo Maranhão.

Ao saber que o líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE), anda às turras com o governador Tasso Jereissati, o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira, convidou o senador tucano a entrar no PFL.

 

POR TALES FARIA
Colaboraram: Wladimir Gramacho e Guilherme Evelin


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias