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Dzhokhar Tsarnaev, o russo suspeito de ser um dos autores dos atentados na Maratona de Boston, foi formalmente acusado nesta segunda-feira de "usar uma arma de destruição em massa contra pessoas e contra a propriedade, resultando na morte de três pessoas e em mais de 200 pessoas feridas".

As autoridades americanas comunicaram as acusações a Dzohkhar enquanto ele estava deitado na cama de um hospital. A primeira audiência foi fixada para o dia 30 de maio.

O indiciamento também foi anunciado pelo procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, por meio de um comunicado publicado no site do Departamento de Justiça americano. O texto afirma que, caso seja condenado, o acusado pode tanto cumprir um determinado número de anos na cadeia quanto pegar prisão perpétua ou até a pena de morte.

"Tsarnaev é especificamente acusado de usar e conspirar o uso de armas de destruição em massa (nomeadamente, um dispositivo explosivo improvisado – IED, na sigla em inglês) contra pessoas e contra a propriedade dos Estados Unidos, resultando em mortes, e é acusado de destruição mal-intencionada de propriedade através de um dispositivo explosivo, resultando em mortes", diz o texto do Departamento de Justiça.

"Apesar da nossa investigação estar em andamento, as acusações de hoje fecham com sucesso uma semana trágica para a cidade de Boston e para o nosso país", diz Eric Holder no comunicado.

Mais cedo, a Casa Branca afirmou que Dzohkhar Tsarnaev não será tratado como "combatente inimigo", e sim será submetido ao sistema judiciário civil americano. "Ele não será tratado como combatente inimigo", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

O texto do Departamento de Justiça também ressalta a necessidade de que os Estados Unidos continuem vigilantes a respeito de ameaças terroristas, tanto domésticas quanto estrangeiras, e parabeniza o trabalho de todas as agências envolvidas nas investigações da última semana.

"A prisão de sexta-feira e as acusações de hoje demonstram onde podemos chegar com um esforço conjunto de policiais, profissionais da inteligência, procuradores e o público em geral", disse John Carlin, assistente da Procuradoria Geral para assuntos de Segurança Nacional.