Faz pouco mais de um século que o Museu do Louvre, em Paris, foi notícia por furto espetacular: o funcionário Vicenzo Peruggia surrupiou a “Mona Lisa”. Durante dois anos, o museu ficou sem a Gioconda, até que o quadro foi recuperado quando Vicenzo tentava vendê-lo, mas durante esse tempo funcionou normalmente. Na semana passada, foi diferente: o Louvre parou mesmo de funcionar, seus 500 agentes de segurança trancaram as portas e cruzaram os braços para protestar contra o excesso de furtos – só que, dessa vez, não se trata de roubo de telas. O que se vem roubando numa escala crescente são as carteiras dos cerca de 300 mil visitantes que circulam por lá diariamente. A greve começou na quarta-feira 10, durou 24 horas e contou com o apoio da direção, que pede maior colaboração da polícia. Uma das soluções é não mais permitir a entrada gratuita de pessoas com até 26 anos de idade. “A maioria dos ladrões está nessa faixa etária”, diz a porta-voz do Louvre, Sophien Grange.